Carta Aberta da Labre-RJ

Sou plenamente favorável que o CW deixe de ser obrigatório no exame de mudança de classe. Quem gosta de CW não pode obrigar quem não gosta, a aprendê-lo na força, na obrigação. Faz CW quem quer, quem gosta dessa modalidade. Aquele que não gosta, não pode ser punido com a proibição de não utilizar algumas faixas destinadas a voz (fonia), só porque ele não sabe CW e é isso o que vem acontecendo há anos. Pessoas não podem falar porque não sabem o Código Morse. Isso é o mesmo que uma lei determinasse que em uma estrada (feita para veículos), só pudessem trafegar veículos de cor vermelha (cor predileta de quem criou a lei), proibindo todos os outros veículos de usufruírem da estrada, mesmo que eles sejam mais preparados, mais confortáveis e seguros do que os de cor vermelha. Veículo é veiculo! Com isso  estou querendo dizer o seguinte:

Existem, e muitos de nós conhecemos, radioamadores que são perfeitos ignorantes. São até mesmo analfabetos! Seus vocabulários são feitos de algumas poucas dezenas de palavras. Quase não se entende o que escrevem, e algumas vezes falam verdadeiros absurdos, como por exemplo, “manetedores”, ao tentarem se referir aos mantenedores das repetidoras. Pois bem, muitos destes ignorantes e analfabetos, sabem CW e são PY’s! Com isso estão autorizados a utilizar faixas de voz (fonia) que nós os PU’s não podemos. Não lhe parece um absurdo que pessoas cultas não possam falar em faixas onde alguns analfabetos falam só porque estes sabem o CW?!

Radioamador é todo aquele cidadão habilitado pela ANATEL, independente deste saber ou não CW. Sendo radioamador o cidadão tem, ou deve ter, o direito total e irrestrito de utilizar todas as faixas do Serviço de Radioamador. Qualquer coisa diferente disso é discriminação, e tem que deixar de existir. Assista o vídeo abaixo e depois opine.

Carta Aberta da Labre-RJ